Atual getsão encontra medicamentos vencidos e aciona MP
O prefeito de Rio Grande da Serra, Claudinho da Geladeira (Podemos), usou as redes sociais ontem para denunciar que centenas de medicamentos vencidos e 1.700 testes de Covid que perdem a validade em março foram encontrados em salas da UBS (Unidade Básica de Saúde) Central. Desde 1º de janeiro no cargo, o chefe do Executivo acusa a gestão anterior, de Gabriel Maranhão (Cidadania), que comandou a cidade de 2012 a 2020, pela não distribuição do material. “Precisamos mostrar as dificuldades que estamos tendo em todos os setores de nossa cidade”, reclamou Claudinho, nas redes sociais.


De acordo com o prefeito, foram encontrados materiais de enfermagem armazenados de forma inadequada, alguns molhados por causa de goteiras, e medicações com prazos de validade vencidos, alguns de 2015. No montante, estava estoque de 10 mil unidades vencidas de fenobarbital, remédio utilizado para evitar convulsões, que, conforme o prefeito, “poderiam ter sido remanejados e utilizados”.
Sobre a reposição dos remédios e a necessidade de utilizar os testes de detecção do novo coronavírus a tempo, Claudinho disse ao Diário que a secretária de Saúde da cidade, Maria José, está providenciando soluções. Ela confirmou que a pasta está terminando de fazer todo o levantamento do impacto financeiro do material desperdiçado e que vai usar todos os testes o mais rápido possível na população para “tentar evitar ainda mais perdas”.
O Paço de Rio Grande da Serra afirmou que comunicou o MP (Ministério Público) sobre o achado na UBS e redigiu relatório preliminar de inventário, no qual constam, entre outros itens, caixas de monitor de glicemia com peças faltantes e televisores sem cadastros. De acordo com o documento, foram apontados falta de organização no armazenamento, itens sem identificações, mistura de produtos – de limpeza com medicamentos – e sumiço de chaves. “O que tínhamos de fazer era denunciar, agora esperamos resposta da Justiça”, disse o prefeito.

Claudinho afirmou que se sentiu extremamente triste com a situação. “O povo é sofrido, precisa de remédio. Quem faz isso não olha para a necessidade do outro. É uma verdadeira falta de responsabilidade com a estrutura pública. Fico indignado, porque o dinheiro é da população.” O prefeito comentou ainda sobre o ‘sumiço’ de outros itens, como o carro do antigo prefeito. “Estamos descobrindo as coisas devagar e olha que só tem 30 dias que estou no mandato. Solicitei que todos os secretários façam levantamentos parecidos e registrem tudo nas suas áreas, que tenhamos muita transparência. Imaginei que viria para uma arapuca, mas não sabia que estava tão ruim.”