A Amazônia é o “pulmão” do mundo? Entendo que a resposta mais adequada é “Não”. Mas, por que tal resposta? Veja bem, há que se discutir primeiramente a responsabilização dos países que não preservaram suas florestas e não contribuíram para um mundo mais saudável e sustentável. Mas o que foi feito para tal? Simplesmente nada pois abdicaram de suas reservas naturais em nome do desenvolvimento e crescimento econômico favorecendo industrias sem preocupação com futuras gerações. Enquanto o mundo discute, politicamente, ações conjuntas para conter avanço das degradações, alguns setores industriais fecham os olhos para desmatamento, poluição ambiental e o despejo de resíduos industriais em rios e camadas do solo. Portanto, a mobilização de agencias ambientais, movimentos ambientalistas bem como órgãos governamentais é imprescindível para combater ações de degradação ambiental e desmatamento do que ainda resta de áreas florestais em algumas partes do mundo, não só no Brasil, como é o caso da Amazônia. A mobilização em torno das discussões da COP30 que ocorrerá no Brasil, na cidade de Belém – PA, no período de 10 à 21 de novembro deve servir para que sejam avaliados os avanços sobre as agendas das COP’s anteriores assim como serem firmados novos planos e projetos visando a redução de ações contra meio ambiente. O Brasil, como protagonista dessa agenda deve demonstrar, e comprovar, que suas ações estão obtendo resultados e acredita-se que sim, que está realmente cumprindo com o protocolo das COP’s anteriores uma vez que houve redução do desmatamento, incentivo à industrias que utilizam energia sustentável, que destina adequadamente seus resíduos industriais, assim como cumprem com programas de reflorestamento. É importante que as delegações, 143 já confirmadas, estejam dispostas a apresentarem seus relatórios reais de suas ações e se comprometam a aumentar seus controles para evitar crimes ambientais por todo o mundo. O Brasil, como anfitrião, deverá coordenar muito bem tal evento pois é o grande protagonista mundial acerca desse tema e deve demonstrar sua capacidade de negociação com demais países, inclusive na obtenção de aval das grandes nações para o financiamento, a fundo perdido, de projetos ambientais em países em desenvolvimento, bem como em situação de fragilidade financeira. Portanto, o papel do Brasil deve ser o de “ordenador da política de preservação ambiental e crescimento social e econômico sustentável. Sucesso à COP30 Brasil!!

Lamartine Dourado

Economista e Consultor Tributário