A Sessão Ordinária da última terça-feira (28/10) na Câmara Municipal de Mauá foi marcada por um intenso debate sobre a proposta de criação da TV Câmara Municipal, iniciativa que busca ampliar o acesso da população às atividades do Legislativo. O tema dividiu opiniões entre os vereadores Rubinelli (REDE), Junior Getúlio (PT) — presidente da Casa — e Madeira (PDT).

Defensores da proposta, Rubinelli e Junior Getúlio destacaram que a criação de um canal televisivo próprio representaria um avanço na transparência e na democratização da informação pública. Segundo eles, a TV Câmara permitiria que um número maior de cidadãos acompanhasse as sessões, votações e eventos institucionais, especialmente aqueles que não utilizam redes sociais ou não têm acesso constante à internet. “É um projeto que aproxima o Legislativo da população e fortalece a cidadania”, afirmou o presidente Junior Getúlio. Rubinelli complementou dizendo que “a comunicação pública é um direito, e Mauá precisa dar esse passo para modernizar sua relação com os moradores”.

Em posição contrária, o vereador Madeira (PDT) argumentou que o investimento seria desnecessário, já que as sessões da Câmara são transmitidas ao vivo pelo canal oficial no YouTube, além das redes sociais dos próprios parlamentares. Para ele, o sistema atual já cumpre o papel de informar a população sem gerar novos custos aos cofres públicos. “A tecnologia está aí, e o cidadão que quiser acompanhar o trabalho dos vereadores pode fazer isso facilmente pelo celular”, afirmou.

O debate deixou claro que, embora exista consenso sobre a importância da transparência, ainda há divergências quanto à melhor forma de alcançá-la. A proposta da TV Câmara deve continuar em pauta nas próximas sessões, refletindo a busca por equilíbrio entre modernização da comunicação pública e responsabilidade fiscal.

A discussão evidencia um ponto central na política local: como tornar o Legislativo mais acessível e próximo da população, sem comprometer o orçamento público — um desafio que Mauá, assim como muitas cidades brasileiras, precisa enfrentar com diálogo e planejamento