Coordenador do MSTU participa de audiência em Brasília e cobra menos barreiras para habitação popular

Na última quarta-feira, 3 de setembro, o coordenador Severino, do Movimento Sem-Teto Unidos (MSTU), esteve em Brasília para uma audiência com o secretário nacional de Habitação, Augusto Henrique Rabelo. O encontro tratou da importância da continuidade e do fortalecimento dos programas habitacionais voltados às famílias de baixa renda e da necessidade de reduzir entraves burocráticos que, segundo o dirigente, dificultam a atuação dos movimentos populares.

O MSTU tem sido uma das vozes ativas na luta pelo direito à moradia digna no Brasil, organizando famílias que vivem em situação de vulnerabilidade e buscando viabilizar projetos habitacionais dentro dos programas federais. Porém, segundo Severino, os desafios enfrentados pelas entidades organizadoras vêm se agravando nos últimos anos, principalmente devido às exigências impostas pelos ministérios responsáveis pela área.

Durante a audiência, o coordenador destacou que a realidade das famílias sem-teto exige respostas rápidas e eficazes do poder público, mas o excesso de burocracia tem inviabilizado o acesso aos programas nacionais de habitação. Ele pontuou que, ao invés de fortalecer quem está na linha de frente junto ao povo, as regras atuais acabam criando barreiras adicionais.

“Cada dia está ficando mais difícil atender as famílias mais necessitadas nos programas de habitação do nosso país. As barreiras criadas para o credenciamento das entidades acabam enfraquecendo quem está na ponta, lutando para garantir o direito básico à moradia”, afirmou Severino.

Para o coordenador, a burocratização do setor não apenas atrasa a execução dos projetos, como também gera um desânimo nas comunidades que depositam esperança nesses programas. “Nós temos famílias que aguardam há anos por uma oportunidade de sair do aluguel ou da ocupação precária. Quando o Estado dificulta o acesso das entidades, ele está, na prática, negando um direito fundamental garantido na Constituição”, completou.

A audiência foi considerada estratégica pelo movimento, pois abriu espaço para um diálogo direto com o governo federal. Representantes do MSTU apresentaram propostas para simplificar o processo de credenciamento das entidades organizadoras, reforçando a necessidade de garantir transparência e eficiência, sem, no entanto, excluir quem realmente conhece a realidade das periferias.

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