Por Marcos Brasil
A chegada da NFL ao Grupo Globo representa um marco na consolidação do futebol americano no Brasil. Não se trata mais de um nicho restrito a fãs dedicados, mas de um fenômeno cultural que avança com força e números impressionantes.
O país já é o terceiro maior mercado da liga no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos e do México, somando mais de 35 milhões de torcedores declarados. O acordo com a Globo leva a NFL para múltiplas plataformas: o SporTV exibirá jogos semanais e playoffs da NFC, o GE TV no YouTube transmitirá conteúdos digitais, e o GloboPlay também será parte dessa engrenagem.
Mas o grande trunfo pode estar na TV aberta: o Super Bowl LX pode ser exibido pela Globo em fevereiro de 2026, levando o maior espetáculo esportivo do planeta a milhões de brasileiros em horário nobre.
Esse movimento, somado ao sucesso estrondoso do “NFL São Paulo Game” em 2024, que lotou a Neo Química Arena, gerou impacto econômico de centenas de milhões e revelou uma torcida engajada e apaixonada, mostra que o futebol americano já se enraizou na cultura esportiva nacional. O mercado consumidor segue a mesma tendência: produtos da NFL dispararam em vendas, com crescimento de mais de 160% em faturamento e explosões de popularidade em camisas, brinquedos e acessórios.
Ao abraçar a NFL, a Globo dá ao esporte o que faltava no Brasil: visibilidade massiva e integração à mídia esportiva tradicional. O resultado deve ser uma ampliação ainda maior da base de fãs e a transformação definitiva da NFL em parte do calendário esportivo brasileiro, não mais como “futebol americano”, mas como futebol global.
