Produção dirigida por Fernando Meirelles e Kátia Lund figura entre os 15 melhores filmes do século XXI segundo levantamento internacional. Veja a lista
O prestigiado jornal norte-americano The New York Times divulgou nesta sexta-feira (27) a sua nova lista com os 100 melhores filmes do século XXI até agora. O ranking internacional, elaborado a partir da votação de centenas de cineastas, críticos e personalidades do audiovisual, inclui uma produção brasileira em destaque: o longa Cidade de Deus (2002), que aparece na 15ª posição.
Dirigido por Fernando Meirelles e com co-direção de Kátia Lund, o filme se consagra como o mais bem colocado entre os representantes da América Latina e único título brasileiro na lista. A obra foi amplamente elogiada por sua estética arrojada, montagem dinâmica e abordagem crua da violência nas favelas cariocas.
No topo da seleção, ficaram filmes consagrados como: Parasita de Bong Joon Ho (2019), Cidade dos Sonhos (David Lynch, 2001), Sangue Negro (Paul Thomas Anderson, 2007), Desejo e Reparação (Wong Kar Wai, 2001) e Moonlight (Barry Jenkins, 2016), respectivamente.
A lista também inclui produções como A Rede Social, Onde os Fracos Não Têm Vez e Get Out, refletindo um equilíbrio entre cinema de autor e sucessos comerciais.
Cidade de Deus já havia alcançado grande reconhecimento desde seu lançamento. Em 2004, foi indicado a quatro categorias no Oscar, incluindo Melhor Diretor. Com um elenco majoritariamente formado por atores estreantes e ambientado na favela da Cidade de Deus, no Rio de Janeiro, o filme é considerado um marco do cinema brasileiro contemporâneo.
“É uma das obras mais influentes do século. Sua estética e narrativa impactaram cineastas no mundo todo”, afirmou um dos curadores da lista.
Apesar do reconhecimento de Cidade de Deus, outros filmes brasileiros não aparecem no top 100. Produções como O Som ao Redor (Kleber Mendonça Filho) e Que Horas Ela Volta? (Anna Muylaert), que conquistaram festivais internacionais, ficaram de fora da seleção.
A lista do The New York Times busca refletir os principais rumos do cinema mundial nas últimas duas décadas, destacando temas sociais, diversidade estética e inovação narrativa. A forte presença de diretores asiáticos, africanos e latino-americanos indica uma abertura para novos olhares e geografias.
