Na madrugada de 2 para 3 de março de 1996, o Brasil perdeu um de seus grupos mais irreverentes e queridos: os Mamonas Assassinas. Há exatos 29 anos, a banda formada por Dinho (vocalista), Bento Hinoto (guitarra), Júlio Rasec (teclados), Sérgio Reoli (bateria) e Samuel Reoli (baixo) teve sua trajetória interrompida por um trágico acidente aéreo na Serra da Cantareira, em São Paulo. O choque foi imediato e deixou uma lacuna irreparável na música brasileira.
Uma ascensão meteórica
O sucesso dos Mamonas Assassinas foi avassalador. Em menos de um ano de carreira profissional, a banda saiu do anonimato para se tornar um fenômeno nacional. Com um único álbum lançado, homônimo, em 1995, os cinco garotos de Guarulhos conquistaram o Brasil com um som que misturava rock, pop, sertanejo, forró e música portuguesa, sempre com letras irreverentes e performances cômicas.
Canções como “Pelados em Santos”, “Vira-Vira”, “Robocop Gay” e “Mundo Animal” se tornaram hinos de uma geração. O humor ácido e a energia contagiante do grupo garantiram a venda de mais de 3 milhões de cópias do disco e uma agenda lotada, com até sete shows por semana.
A tragédia que abalou o país
Na noite do dia 2 de março de 1996, os Mamonas Assassinas voltavam de um show em Brasília com destino a Guarulhos. O jato Learjet 25D, prefixo PT-LSD, colidiu contra a Serra da Cantareira durante a aproximação para o pouso. O impacto foi fatal, vitimando todos a bordo: os cinco integrantes da banda, além do piloto, copiloto e assessores.
A notícia do acidente causou comoção nacional. O velório, realizado no Ginásio Paschoal Thomeu, em Guarulhos, reuniu mais de 50 mil pessoas. O Brasil inteiro lamentou a perda precoce dos jovens artistas, que tinham apenas entre 22 e 28 anos.
O legado imortal
Apesar da curta trajetória, o impacto cultural dos Mamonas Assassinas permanece vivo. O grupo abriu caminho para um novo tipo de rock cômico e irreverente no Brasil, influenciando diversas bandas e humoristas.
Nos últimos anos, documentários, livros, peças de teatro e homenagens relembram a história da banda. Em 2023, foi lançado o filme “Mamonas Assassinas – O Impossível Não Existe”, trazendo uma nova geração para conhecer a trajetória meteórica do grupo.
Mesmo quase três décadas após sua partida, os Mamonas Assassinas continuam a ser referência de alegria e inovação na música brasileira. Sua obra segue atemporal, garantindo que o riso e a nostalgia atravessem gerações.
29 anos sem os Mamonas, mas sua irreverência jamais será esquecida.
