Nesta quinta-feira (3), o Brasil se despediu de um dos maiores ícones do jornalismo e da televisão: o jornalista, locutor e apresentador Cid Moreira faleceu aos 97 anos. Cid estava internado em um hospital de Petrópolis, na Região Serrana do Rio de Janeiro, onde vinha lutando contra uma pneumonia nas últimas semanas. Sua morte marca o fim de uma era na comunicação brasileira, deixando um legado imensurável.
Nascido em Taubaté, no interior de São Paulo, Cid Moreira começou sua carreira no rádio, mas foi na televisão que consolidou sua fama. Por mais de 20 anos, ele foi a voz e o rosto do “Jornal Nacional”, da TV Globo, onde seu timbre grave e sua dicção impecável tornaram-se sua marca registrada. Sua apresentação serena e sua presença firme diante das câmeras transmitiram credibilidade e segurança ao público, especialmente em momentos decisivos da história brasileira.
Cid também se destacou em trabalhos religiosos e em projetos de locução que marcaram várias gerações, como a narração da Bíblia, em uma série de gravações que o tornaram ainda mais popular entre o público cristão. Mesmo após deixar a bancada do “Jornal Nacional”, ele continuou ativo em trabalhos de narração e projetos pessoais.
Sua carreira exemplar se estendeu por mais de 70 anos, tornando-o uma figura de referência no jornalismo e na comunicação. O anúncio de sua morte gerou uma onda de homenagens de colegas de profissão, personalidades públicas e admiradores de todas as partes do Brasil. “A voz que marcou uma nação se cala, mas seu legado será eterno”, escreveu um de seus colegas nas redes sociais.
O país perde um dos seus maiores comunicadores, alguém que soube, como poucos, informar, entreter e inspirar. Cid Moreira deixa saudades e será lembrado não apenas por sua inconfundível voz, mas por sua dedicação e amor à comunicação.
