No mês em que se concretizou a maior desestatização na área de saneamento no Brasil, com a transferência do controle comercial e técnico da Sabesp para a iniciativa privada, que motivou debates calorosos a respeito do acontecimento, os moradores da cidade de Mauá/SP têm o que comemorar.
Embora exista, ainda, uma deficiência por parte da Sabesp em manter uma distribuição regular no abastecimento de água, causada por vários fatores, dentre os quais a topografia com ocupações habitacionais em pontos muito elevados que requerem o bombeamento constante de água potável para esses locais, bem como de redes muito antigas nos pontos baixos onde ocorrem grandes pressões nas tubulações, que sofrem constantes interrupções no abastecimento.
Existe uma luz no fim do túnel, trazida pela empresa BRK que cuida da coleta e tratamento do esgoto sanitário. Estando a frente da concessão de tal serviço, já com a estação de tratamento de esgoto em operação a mais de 10 anos, constatamos que alguns córregos da cidade já apresentam água cristalina sem nenhum tipo de poluente visível pelos nossos olhos. Quem estiver duvidando da nossa palavra visite os córregos Capitão João e Bocaina, e constate que é possível sim, com seriedade e desempenho técnico, através da aplicação correta daquilo que é cobrado, entregar um trabalho sério e com qualidade técnica, cumprindo o que foi estabelecido na contratação dessa concessão.
É disso que o Brasil tem pressa. De infraestrutura nas áreas de saneamento, transporte e energia, que pode ser realizada em parceria com o capital privado. Cabe aos nossos governantes de todos os níveis oferecer saúde, educação e segurança aos seus cidadãos; e não podem ficar alegando que não tem dinheiro para isso!
Edson Agnello, 68 anos, natural de Mauá, é Arquiteto e Urbanista, atuante na área de Jornalismo, Pós-Graduado em Administração pela FGV e autor do livro 2013-O ano que não terminou.
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