Vitrúvio.

a natureza é perfeita. na verdade, tudo no universo é. mesmo quando não parece. é ok pensar: ah! mas o leão come os bichinhos indefesos. sim, ele come, e isso é perfeito também. porque mantém o equilíbrio. é a cadeia alimentar. lembra as 7 pragas do egito? reação em cadeia. se você tira algo, tudo desalinha até voltar ao normal. isso é perfeição.

e se, de um lado, temos o famoso homem vitruviano, de leonardo da vinci, do outro, também temos o brasileiro médio, meio barrigudo, de camisa do flamengo e chinelo de dedo. é uma balança. é um equilíbrio perfeito entre a posição do sol e a da terra, das árvores, das estrelas no espaço, e até a das linhas desse texto. inacreditável né?

os egípcios alinharam as pirâmides com as estrelas e ainda fizeram o raio da circunferência ter o número pi. e é muito maluco pensar que existe uma ligação matemática entre os incas, os egípcios, tribos africanas e o leonardo da vinci. pois é, mas tem até com o moço de camisa do flamengo. tudo está num equilíbrio natural. e ainda que o homem tente desalinhar e destruir, a natureza conserta, se arruma, e pega os espaços de volta. nada abala a perfeição da criação. sejam as plantas, o oceano ou até nós mesmos.

sim, existe magia no mundo, ela está aí a sua volta. sem você nem perceber. ela balança com o vento, cai lá do alto, emerge da água, nada, pula e corre. e não importa se você olha pra cima, pra baixo ou pros lados, ela está em todo o lugar. porque tudo se conecta. seja em números ou em funcionamento. você já parou pra pensar no nosso corpo? essa máquina perfeita que funciona com milhões de células em um sistema incrível que nunca para. e você já reparou no que acontece se um órgão pifa? tudo para também. você morre. porque nada funciona sozinho. nem em você, nem na natureza e nem no espaço. entendeu a graça e a perfeição? tá aí. em tudo e em todos os lugares ao mesmo tempo.

celebre e viva a perfeição que está à sua volta e, mesmo, dentro de você. celebre a vida e seja feliz. porque essa é nossa recompensa e nosso agradecimento por sermos assim, meio vitruvianos, meio flamenguistas.

Enrico Pierro – Escritor

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