Celular Seguro: conheça o app que promete bloquear celulares roubados

Em
2022, foram registrados 999.223 ocorrências de roubo e furto de celular
em todo o país. Em média, foram 2.737 casos desse tipo de crime por
dia. Esses números representam um aumento de 16,6% em comparação com os
casos registrados em 2021. Os dados são do Anuário Brasileiro de
Segurança Pública de 2023.



Segundo o anuário, entre 2018 e 2022, os registros de roubo e furto
de celular somaram 4.726.913 casos. Durante os anos de 2020 e 2021, os
períodos mais intensos da pandemia de Covid-19, houve uma redução
significativa nesse tipo de ocorrência, devido às restrições de
mobilidade e circulação.



Para combater esse tipo de crime no Brasil, o Ministério da Justiça e
Segurança Pública lançou o site e aplicativo do Projeto Celular Seguro.
Dessa forma, as vítimas de furto e roubo de celulares poderão bloquear
rapidamente o aparelho e os aplicativos digitais.



O secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública,
Ricardo Capelli, afirma que o aplicativo veio como uma forma
de enfrentar um problema estrutural da segurança pública brasileira.
“Quando você vai tentar enfrentar ele, do ponto de vista de ocorrência
na ponta, ele é muito pulverizado. Então começamos a pensar em como
enfrentar a questão de forma mais estruturante, para prevenir, inibir de
que ele [o crime] ocorresse.”



O desenvolvedor de sistemas Vinicius Siqueira, 21, é morador de
Ceilândia, região administrativa do Distrito Federal. Ele relembra que
seu celular foi roubado em 2020, e na época, realizou um boletim de
ocorrência mas não conseguiu recuperar o aparelho.



“Eu acredito que o aplicativo Celular Seguro será bastante útil,
porque tem momentos que que a pessoa pode ficar até atordoada pelo crime
que nem consegue pensar no que fazer. E a gente tem que levar em conta
que existem aplicativos de instituições financeiras que podem ser
acessados no celular”, afirma. 



Como acessar o aplicativo?



Após acessar o site ou
baixar o aplicativo, o primeiro passo é fazer o login pelo gov.br, após
isso, irão aparecer os termos de uso. Em seguida, o aplicativo abre a
tela inicial, onde encontram-se as três principais funções do
aplicativo.



A primeira função é o cadastro de pessoas de confiança, onde o
usuário deve inserir os dados das pessoas que irão auxiliá-lo na criação
de ocorrências. A segunda é o registro de telefones, todas as linhas
telefônicas precisam estar no CPF do usuário e não existe limite para
cadastro de números.



Após isso, em caso de perda, roubo ou furto, o dono do aparelho ou
pessoa de confiança pode utilizar a terceira função, que é o registro da
ocorrência por meio de outro celular que esteja cadastrado. É
necessário descrever quando, onde e como o crime ocorreu. Um número de
protocolo será gerado e o aviso emitirá alertas para instituições
participantes do projeto, como bancos.



A comunicação via site ou aplicativo não substitui a obrigatoriedade
do usuário de comunicar às autoridades policiais, operadoras de
telefonia e instituições financeiras. As informações são do Ministério
da Justiça e Segurança Pública.



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