O mês de maio no Brasil se caracteriza dentre outras coisas como o mês da conscientização contra o racismo, intensificado justamente pelo dia da proclamação da Lei Áurea, feito pelos Movimentos Afrobrasileiros, contrários a ideia de que foi um beneplácito por parte da família dos colonizadores, que além da exploração de nossas riquezas, ainda escravizaram negros e povos originários. A declaração da libertação dos escravos foi contrario ao que aprendemos como sendo da vontade da realeza e aprovação dos proprietários de mãos escravas.
Essa introdução vem ao encontro do acontecimento mais notável de racismo ocorrido recentemente na Espanha com o atleta Braileiro de futebol, o jovem Vini Jr.
Se já não bastasse, o ocorrido não foi novidade na vida do rapaz, pois em outras oportunidades o mesmo sentimento desumano já tinha ocorrido e como disse o próprio Vini: ‘mesmo antes do seu nascimento isso já ocorria’, indicando fatos com o lateral esquerdo da seleção, Roberto Carlos, que dentro da Espanha e fora dela, sofreu dos mesmos ataques.
Para o Brasil em maio, além divulgar o mês contra o racismo, a nível mundial na quinta-feira (25), comemoramos o Dia Internacional da África, Em lembrança dessa recordação, estamos recebendo a visita da Rainha da Nigéria Olori Aderonke Ademiluyi Ogunwusi que chegou ao Brasil na última quarta-feira (24) para diversas atividades. Dentre essas, à participação na a primeira Semana de Moda Africana – African Fashion Week, marcada para os dias 25 e 27 deste mês no Pavilhão Amarelo do Shopping Center Norte.
Voltando a falar do racismo sofrido por Vini Jr, já passou da hora de agir de modo mais severo com tais agressores, pois a tolerância ou as punições brandas, somente reforçam a sua posição e continuam agindo de modo pensado em querer minimizar os negros com ofensas de vários tipos, como fazer imitação a macacos, comparando seu semelhante ao símius.
Já nos adiantamos bastante nessa luta, porem a muito ainda para realizar, como o cumprimento da Lei No 10.639, que já completou 20 anos, obrigando nos estabelecimentos de ensino fundamental e médio, oficiais e particulares, sendo obrigatório o ensino sobre História e Cultura Afro-Brasileira, mas quase não se vê isso acontecer.
O lema tem sido “Força Vini”, porem ainda temos milhares desses casos acontecendo que não tem acesso a essa força de apoio e luta favorável, o que torna nossa obrigação em continuar diligentemente lutando contra o racismo em todas as suas facetas, pois é sempre bom lembrar que os negros não nasceram escravos para serem humilhados, mas são herdeiros de reis e rainhas de todo o território africano.
Lois Gonçalves
