O Brasil vive momentos de reflexão sobre desdobramentos políticos causados pela “operação lava jato” do ex-juiz Sérgio Moro, hoje senador pelo União-SP. O termo atual, que ocupa as “top trends” das mídias sociais é “Dellagnol Cassado”, “PowerPoint Cassado” e também, “Xandão Cassa Dellagnol”. Grupos políticos de direita se ancoram nos representantes eleitos para manterem atos antidemocráticos pois encontram “eco” das suas atitudes e ideologias. O fato é que o, agora, ex-deputado Deltan Dallagnol – Podemos-PR “sabia do risco mas duvidava da cassação do mandato” e que tem gerado discussões, naturalmente, a favor e contra da cassação. O que gerou os votos favoráveis à cassação de Dallagnol advém da exoneração do cargo de procurador em novembro de 2021, premeditadamente intencionado a evitar que os processos contra ele no Conselho Nacional do Ministério Público se tornassem administrativos, sem possibilidade de infração às regras do TSE – Tribunal Superior Eleitoral e registro de candidaturas. Fica provado, com provas robustas, que o ex parlamentar usou de má-fé e com nítida intenção de infringir as regras legais beneficiando-se perante outros candidatos. Ainda, tal fato gera prescedente para que a justiça eleitoral pratique a igualdade entre concorrentes à cargos eletivos. Dellagnol sofre as consequências de seus atos ilegais quando uniu-se à outros procuradores para espetacularização de denúncias contra o atual presidente da república, ex-presidente à época, Luis Inácio Lula da Silva – PT através de apresentações conhecidas como “PowerPoint da Corrupção”. Outras ações ainda correm contra o ex procurador que envolve gestão ilegal de recurso público advindo da “delação premiada” em conta bancária específica como sendo “fundo de recuperação financeira da lava jato. Tal procedimento foi entendido como ilegal uma vez que a união, e distrito federal, estados e municípios são responsáveis para gerir recursos recuperados em ações judiciais. Assim, é importante, mesmo que lenta, a correção de erros cometidos por representantes do judiciário, legislativo, executivo e também da sociedade civil. O povo deve ter voz ativa!!
Lamartine Dourado
Economista e Consultor Tributário
