Por que interditar estradas, fazer bloqueios com pneus queimados, furar pneus de caminhoneiros, e até, impedir defensores de Lula comemorarem a vitória? Toda sociedade democrática deve estar preparada para o resultado de qualquer disputa, fato não compreendido por defensores de regimes autoritários. Neste momento, é aplicável o termo “na vitória, vibrai e, na derrota, chorai” para registrar que derrotados das eleições se negam a aceitar o resultado em que o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva – PT venceu o atual presidente Jair Messias Bolsonaro – PL e governará até 2026. O Brasil, atônito às barbáries cometidas por grupos organizados, busca entender o descontrole. Tais movimentos, tem gerado diferentes sentimentos na população, inclusive de eleitores do atual presidente Bolsonaro, pois parcela sensata defende a democracia e aceitam os resultados. Pelo lado dos mais radicais e contrários ao respeito pela democracia surgem “pseudas” fundamentações, sem base concreta, acerca de fraudes eleitorais ou atos jurídicos que colocaram o ex-presidente Lula na competição. Contradições maiores existiram pelo fato de que agentes públicos da segurança pública federal e estaduais, que tem função de estado e não devem se envolver em movimentos políticos, ficaram inertes ao “dever de agir” contra os bloqueios de vias públicas. Do contrário, em processo de investigação, no dia 30/10 as corporações policiais efetuaram bloqueios de estradas no nordeste (região de maior votação do ex-presidente Lula) para averiguarem documentação, pneus, lanternas e faróis dos veículos e ônibus sob justificativa de “cumprimento das leis de trânsito” fato não ocorrido no dia 02/10. O que fica de sentimento na sociedade é que o processo eleitoral marcou um período instável a partir de constantes questionamentos sem base sólida. Ainda, e por fim, fica a impressão de que defensores de Bolsonaro se manterão ativos para as próximas eleições municipais em 2024 e marcar territórios para uma possível candidatura de Bolsonaro à presidência nas eleições de 2026. Enfim, Lágrimas e Lamentos Eleitorais são legítimos!!

Lamartine Dourado

Economista e Consultor Tributário